O que é estrabismo?
É o desalinhamento entre os olhos. Conhecido também como desvio ocular, o estrabismo pode ser horizontal (convergente ou divergente), vertical (para cima ou para baixo) ou combinados.
Quem pode ter estrabismo?
O estrabismo aparece com mais frequência em crianças do que em adultos, mas pode surgir em qualquer idade e estão relacionados a história familiar. Em adultos, ele pode surgir depois de um trauma, por uma descompensação de uma doença sistêmica como o diabetes ou em casos de tumores de sistema nervoso central.
Quais são os sinais e sintomas?
A maioria das crianças não refere sintomas relacionados ao estrabismo, mas são os familiares que geralmente percebem o desvio. Pequenos desvios podem não ser notados pelos pais, sendo fundamental a consulta de rotina com o oftalmopediatra para exame da motilidade ocular. O paciente com estrabismo pode apresentar, além do desvio ocular, uma posição viciosa da cabeça na tentativa de compensar o desvio, baixa da visão (olho amblíope, preguiçoso), visão dupla, perda da visão de profundidade (não tem estereopsia e não vê em 3D). Essa perda da visão de profundidade pode levar a criança a cair mais frequentemente e ser vista como mais “desastrada”. Além disso, o desvio dos olhos pode ser o primeiro sinal de um tumor maligno na retina chamado de retinoblastoma. Por isso a importância do exame oftalmológico completo nos casos de estrabismo.
Já os adultos são mais sensíveis aos desvios e passam a se queixar de visão dupla (diplopia), que pode vir ou não associada à náuseas.
O estrabismo tem tratamento?
Sim! O estrabismo tem tratamento, e esse deve ser o mais precoce possível. O tratamento em crianças visa primeiramente evitar a baixa da visão (ambliopia) e tratar problemas oftalmológicos que possam estar associados ao desvio, como por exemplo, a necessidade do uso de óculos por conta de grau. O importante é sempre descobrir a causa do desvio tanto em crianças (necessidade de grau, catarata infantil, descolamento de retina, retinoblastoma, etc.) como em adultos (diabetes, alteração do sistema nervoso central, trauma).
Em crianças, muitas vezes o estrabismo é compensado com o tratamento com óculos. Porém, em alguns casos podem ser necessários outros tipos de tratamento como o uso do tampão, exercícios ortópticos, medicamentos (toxina botulínica) e a cirurgia. O oftalmologista especializado conduzirá cada caso da forma mais indicada e precisa.
Em adultos, além de tratar a causa do desvio, algumas vezes precisamos associar o uso de tampão, toxina botulínica ou cirurgia.